Texto: Manoel Lúcio da Silva Neto*
Imagem: arte IA/Rodrigo Knack
 

“Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos.” (Is 55.9)


Segundo as ciências humanas, motivação (motivo + ação) é uma condição do organismo orientando os indivíduos na busca dos seus objetivos, através de impulsos internos que o levam a uma ação correspondente. Os motivos se baseiam nas necessidades, variando de indivíduo para indivíduo em intensidade e no tempo.


“Motivação é um conjunto de fatores relacionados às necessidades, objetivos e anseios pessoais, os mesmos fatores identificados na fé...” (Extraído do livro Cristologia ao seu Alcance, 2010)


A motivação (motivo + ação) ocorre em duas perspectivas: Por impulsos e atrações pessoais. Na perspectiva dos impulsos as forças propulsoras das ações são os instintos e pulsões dos indivíduos. Enquanto, na perspectiva das atrações pessoais as forças propulsoras estão relacionadas ao que atrai o indivíduo.

Vários estudiosos formularam modelos de motivação (motivo + ação), exemplos: Burrhus Frederic Skinner (1904 - 1990) conclui que a frequência de um comportamento é determinada por suas consequências, positivas ou negativas; Henry Murray (1893 - 1988) concluiu pela existência de uma força (“atração” ou “repulsão”) gerada pelo ambiente ou pela situação dos indivíduos; Abraham Maslow (1908 - 1970) classificou as necessidades em cinco níveis hierárquicos: fisiológica, segurança, social, status e auto realização; Frederic Herzberg (1923 - 2000) concluiu pela existência de duas classes de necessidades: Manutenção e Realização. Manutenção (salário, segurança, condições ambientais, bem-estar físico, supervisão e aceitação grupal); Realização (reconhecimento, ascensão funcional, liberdade e confiança, desafios profissionais, maior responsabilidade e estímulo à criatividade); etc... Sejam quais forem as perspectivas estudadas, os modelos da motivação se complementam.



Trazendo a discussão sobre motivação (motivo + ação) para a fé cristã (Jesus Cristo), verifica-se que os fatores que impulsionam os indivíduos a tomada de atitude são os mesmos que o impulsionam a fé, sendo a ação uma das componentes da atitude de fé. Senão veja.


"Entende-se por atitude o estado da mente que determina a maneira de perceber e responder a uma situação. Os três componentes da atitude são o conhecimento, afetividade e ação. Conhecimento é o nível de relacionamento alcançado com a pessoa de Jesus, afetividade é a maneira de aproximar-se de Deus, e ação é a resposta que se dá diante da situação". (Extraído do livro Cristologia ao seu Alcance, 2010)


A motivação (motivo + ação) certa sempre te guiará aos bons resultados de vida. O grande segredo é alinhar seus motivos aos pensamentos e caminhos de Deus (Is 55.9), tendo ações correspondentes.


“Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos.” (Is 55.9)


“Em resumo, a motivação da fé se da por convicção interna, e vem acompanhada da visão espiritual de eternidade, colocando nossa esperança no que não se pode contemplar. Nessa perspectiva, o filho de Deus (Jo 1.12) segue a jornada confiando e perseverando na Palavra de Cristo". (Extraído do livro Cristologia ao seu Alcance, 2010)


Pense Grande, pois o nosso Deus é Grande.


Somos justiça de Deus, em Cristo.




*Manoel Lúcio da Silva Neto é mestre em Engenharia de Produção (Mídia e Conhecimento), e autor do Livro, Cristologia ao seu Alcance, 2010.